RESUMO
Um estudo transversal foi realizado para se determinar a prevalência de lesões de cárie secundária e sua relação com variáveis socioeconômicas, demográficas e comportamentais de pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 20 e 45 anos. O cálculo amostral determinou que para os pacientes que estavam sendo submetidos a tratamento odontológico, uma amostra final de 196 era requerida. Dentre os pacientes sorteados e convidados, 200 concordaram em participar da pesquisa. Um questionário foi aplicado e exame clínico dental, para obtenção do CPO-D e CPO-S, utilizando-se o critério da OMS (1), foi realizado. Neste estudo, foram utilizadas técnicas de estatística descritiva por meio da elaboração de freqüências, médias e medianas e estatística inferencial, com a utilização de intervalos de confiança e testes de hipóteses comparativos. O nível de significância considerado nos testes estatísticos foi de 5%. Os resultados demonstraram que a prevalência de cárie secundária foi de 62,5% e o número de lesões por paciente variou de 0 a 27, com média de 2,09 (DP 3,31). A freqüência de ingestão de açúcar e a autopercepção da saúde geral e bucal como variáveis clínicas e a presença de filhos como variável socioeconômica mostraram uma relação estatisticamente significativa com a presença de lesão secundária. Conclui-se que a prevalência de lesões de cárie secundária foi alta, mostrando que, mesmo em serviços de saúde bucal organizados, o fácil acesso ao tratamento restaurador não garantiu saúde bucal aos usuários.